20 de fev. de 2010

20 de fevereiro

Uma vez eu vi – ou li - uma entrevista do João Gordo contando como e por que começou a gostar de rock´n roll. Não me lembro direito da resposta, mas ele disse algo sobre ter sido o gordinho loser da escola.

Mas o que é o rock senão um ótimo remédio para preencher o vazio que a uma vida social de bosta deixa dentro da gente?

Foi assim com o João Gordo, foi assim com um monte de gente, inclusive comigo.

Meu remédio tinha em sua composição carbonato de lítio, assim como os estabilizadores de humor, indicados aos portadores do transtorno bipolar. Não estou falando sobre o lítio em si, afinal, não fui uma adolescente bipolar, embora não tenha sido – e ainda não sou – uma pessoa “psicologicamente bem resolvida”. Mas Kurt Cobain era um cara com muitos problemas.

Era 1997, e eu tinha 12 anos quando ouvi Nirvana pela primeira vez. A música era “Lithium”, a quinta faixa do álbum “Nevermind”, de 1991. A sensação de ouvir algo tão caótico, barulhento e, ao mesmo tempo, triste, foi indescritível. Era como se Kurt segurasse as minhas mãos enquanto berrava “Yeah Yeah” e, juntos, compartilhávamos toda aquela confusão se sentimentos. Amando e odiando. Matando e sentindo falta.

Se num “deslumbramento” Cobain acendeu as velas porque encontrara Deus - e tinha encontrado mesmo, afinal, em 1997, já estava morto!- , eu acendia um isqueiro e o balançava com as mãos, pois encontrava Nirvana.

Se estivesse vivo, Kurt Coabain completaria 3 anos hoje, 20 de fevereiro de 2010.  E achei apropriado aproveitar a data para dizer o quanto “Lithium” e Nirvana mudaram a minha vida. Se para pior ou para melhor, não sei. But that's okay, my will is good.

3 comentários:

  1. Ei garotaa!
    Eu também comecei a gostar de rock por isso.
    Eu era a menina magrela, feia e mau-humorada da escola.
    um dia uma amiga me apresentou o rock...
    Foi o acústico do Nirvana que ela pôs pra eu ouvir...me apaixonei na hora.
    E encontrei finalmente, um lugar onde eu me encaixasse.

    Adoreeei o seu blog!
    Estou seguindo... E também sou aspirante a geek!
    ahuaauha

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  2. O Nirvana também foi a minha porta de entrada para a música. Lembro-me das noites em que passava horas escutando o acústico e o Nevermind. Normalmente era uma roda de amigos, sem palavra alguma, apenas ao som do Nirvana.

    :-)

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  3. Oi, gente! Obrigada pela visita!

    Ando meio desleixada com o blog. Mas às vezes, eu volto.

    Beijos

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