1 de fev. de 2010

Cranberries em BH -resenha, relato, depoimento, sei lá!

Nunca iria imaginar que um dia iria ver Faith No More e Cranberries de volta, ao vivo e - pasmem! - em Belo Horizonte. E vi. Num intervalo de quase três meses.

Ontem, um Chevrolet Hall lotado presenciou um puta show dos irlandeses do Cranberries. Eram 20h30, quando Dolores O' Riordan subiu ao palco com uma bandeira de Minas Gerais  - assinada por alguns fãs  - cobrindo suas costas, conquistando, já de cara, a simpatia do público - se bem que, convenhamos, Dolores é uma figura tão fofa que ganha a nossa simpatia pelo simples fato de existir.



A banda abriu o show com a animada How que, por problemas de acústica, ficou inaudível no lugar onde eu estava. O problema, felizmente, começou a ser sanado já na segunda música, a clássica Animal Instinct. O som já estava bom quando os primeiros acordes de Linger começaram a ser entoados. 

Para dar uma "descansada", o Cranberries tocou Ordinary Day, música do Are You Listening? (2007) , disco solo da Dolores. Em seguida, Wanted e as bonitinhas You and Me (Dolores dedicou a música aos filhos), Dreaming My Dreams e When You're Gone. Ainda viriam Daffodil Lament, I Can't Be With You e Pretty antes de Dolores "ir para galera" em Ode to My Family, quando saiu distribuindo abraço, mão e cafuné nos sortudos que estavam na grade! 

De volta ao palco, Dolores entoou Free to Decide e Waltzing Back. Nesta última, o público dedica os aplausos a Fergal Lawler, que metia o cacete sem dó na bateria. A banda toca mais um trabalho solo de Dolores, Switch Off the Moment, antes de fechar a primeira parte do show com a tríade do mal: Salvation, Ridiculous Thoughts e Zombie, sem dúvida, a mais comemorada da noite. No bis, Empty, The Journey, a super pedida Promises e Dreams. O público ainda esperou por Just my Imagination, que acabou ficando só na nossa imaginação (Tuntum-pá!).



Dolores, como bem disse o @Marcelo_Franco, é a maior "frontwoman" do rock. Teve o público na mão, que cantou junto o tempo inteiro, inclusive na horas dos gritinhos "Aaaaaaiaiaiaiiaiaia" "Eoeoeoeoeoeoeoeo" e etc. Não podemos nos esquecer de que Cranberries não é só a Dolores e que os irmãos Noel (guitarra) e Mike Hogan (baixista) e o baterista Fergal Lawler se apresentaram de maneira competente.
Cranberries está de volta e com a mesma vibe de 1994. Sorte nossa! 

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