8 de mar. de 2010

Oito de março, não me dê botão de rosas






 Clara Zetkin (1857 - 1933)  






Rosa Luxemburgo (1871 - 1919)



Todo ano, a mesma coisa, no Dia Internacional da Mulher, a gente recebe botão de rosas de desconhecidos, mensagens pelo e-mail e demais delicadezas. Agradeço a cortesia de vocês, mas, por favor, não nos dê isso no ano que vem.

Celebram tanto o 8 de março como se nós mulheres ainda fossemos minoria. Não somos! No Brasil, por exemplo, o número de mulheres é bem superior ao de homens.

Não vou me adentrar na questão da “política sexual”, uma vez que isso não é da minha competência. Mas cabe dizer que, embora a data de hoje marque uma vitória do movimento feminista, a sua celebração proporciona um verborrágico e dispensável discurso estereotipado e um tanto quanto machista.

Não queremos flores, chocolates, cartões e power points animados em “nosso dia especial”. Queremos ter salários e oportunidades mais justas de emprego e mesmo grau de participação que os homens têm nas esferas econômica, social e cultural durante todos os dias do ano.

E um botão de rosas não irá reverter a situação de desigualdade de gênero na qual as mulheres ainda se encontram, 100 anos depois da história 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague, na Dinamarca.

Um comentário:

  1. Eu li seu blog.
    Vou passar a ler agora.
    Bons seus textos. Parabéns.
    Um abraço!

    Ass: Letícia - leitora longíqua anônima.

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